Brasil inicia registro de bovinos Speckle Park

Letícia Prior Breda
2 min readApr 16, 2021

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Bovinos Speckle Park são conhecidos na Austrália. Crédito: Wayne Jenkins

Uma nova raça bovina voltada à produção de carne acaba de desembarcar no Brasil. Inédita entre criatórios brasileiros, a Speckle Park terá seus registros genealógicos operacionalizados pela Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC). A delegação foi autorizada neste mês de janeiro pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O bovino Speckle Park é resultado da cruza de raças Shorthorn (28%), Angus (20%), Galloway (15%), Lineback (15%), White Park (15%), Highland (5%) e Jersey (2%) e foi desenvolvido na província de Saskatchewan, no Canadá, tendo expandido seu rebanho também para Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Irlanda e Reino Unido. Segundo a Superintendente de Registro da ANC, Silvia Freitas, há seis pecuaristas brasileiros interessados em importar material genético e dar início à criação no país. “Esses criadores estão distribuídos nos estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo e Minas Gerais”, afirma. Segundo ela, o início dos registros genealógicos da Speckle Park no Brasil reforça a posição de destaque do país na pecuária mundial como polo de desenvolvimento genético. “A criação desses animais no país será uma oportunidade para o setor pecuário agregar valor e desenvolver uma nova marca de bovinos de corte no mercado brasileiro. A ANC estará ao lado dos criadores para garantir que esse avanço seja positivo”, pondera.

Os animais têm, em sua maioria, pelagem branca e preta e são extremamente dóceis. Segundo o sócio-diretor da empresa Speckle Park Brasil — criada para fomentar o uso da raça no país — , Ricardo Monteiro, o grande diferencial dos animais é o alto rendimento de carcaça e o sabor da carne, que apresenta características como maciez e suculência. A empresa pretende iniciar o fomento no Brasil com testes em algumas propriedades e, dentro de alguns anos, dar início à comercialização da genética da raça. “Estamos no processo de montar uma associação para representar os criadores no Brasil e garantir o controle, promoção e divulgação da Speckle Park”, acrescenta.

O plano de ação da Speckle Park no Brasil também contempla o cruzamento da raça com animais Angus e Nelore. Monteiro acredita que os rebanhos devem se desenvolver bem no clima tropical do Brasil. “A raça deve se adaptar aqui como se adaptou na Austrália, onde há variações de frio e calor bastante significativas dependendo da região”, destaca.

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Written by Letícia Prior Breda

Aquela guria do interior que aos 26 anos é jornalista, pesquisadora, social media, produtora e assessora de imprensa.

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